27 de set. de 2011

Poesia e Vagina: Gozo!

Não sou poeta.

Sou uma agonia

Que se gasta nos corpos.

Que se expande nos vários universos.

Nas tantas moradas tão seguras

Quanto o olhar da madre.

Lá me aprofundei.

Na vagina

O meu amor se intensificou.

O meu esperma nunca fizera

Tão absoluta viagem de gozo

Avassalador.

O gozo fez o entrelaçar das mãos.

Nunca uma nuca fora tão linda.

Nunca fora tão bom morder brancas

Ou negras costas.

Não havia alma; havia para além

De um sorriso infantil, quase bobo.

Só depois do cansaço os olhos se olharam e

As bocas se beijaram.

Nunca uma vagina fora tão saborosa.

Pênis na vagina, nos seios, na boca.

Boca nos seios. Gozo entre beijos.

Gozo com cheiro e sabor de sexo.

Não sou um poeta.

Sou um vagabundo apreciador de vaginas;

De seios, coxas, panturrilhas, orelhas, pescoço e bundas.

Sou um homem sensível, mas que gosta de vaginas.

Sou um poeta?

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