27 de set. de 2011

Metáfora

Sobre o vento e sobre a sombra

Tanto habito quanto sou efêmero.

Sou testemunha da mudança de estação.

Vi árvores frondosas caírem pela raiz.

Algumas não suportaram o próprio peso.

Outras foram devoradas pelo fogo de cigarros,

De relâmpagos, de restos de fogueiras e balões,

Os quais o sonho infantil não foi leve o suficiente

Para manter o voo. Não foi suficiente para a

Insustentável leveza pueril.

Vi as folhas que caiam, que dançavam e desnudavam

Tão imponentes matas.

Observei e provei as lágrimas daqueles que

Ficaram sob a égide do sol. Acompanhei os passos

Daqueles que sentiam dor em seus pés por pisarem em terra árida.


Daniel de Castro


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