Sobre o vento e sobre a sombra
Tanto habito quanto sou efêmero.
Sou testemunha da mudança de estação.
Vi árvores frondosas caírem pela raiz.
Algumas não suportaram o próprio peso.
Outras foram devoradas pelo fogo de cigarros,
De relâmpagos, de restos de fogueiras e balões,
Os quais o sonho infantil não foi leve o suficiente
Para manter o voo. Não foi suficiente para a
Insustentável leveza pueril.
Vi as folhas que caiam, que dançavam e desnudavam
Tão imponentes matas.
Observei e provei as lágrimas daqueles que
Ficaram sob a égide do sol. Acompanhei os passos
Daqueles que sentiam dor em seus pés por pisarem em terra árida.
Daniel de Castro
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