27 de set. de 2011

Diametral

Novamente em um avião.
Avião muito espaçoso.
Novamente alguém na
Catedral
Aguardando um milagre no
Planalto Central.
Nas estações do metrô,
Nos Ministérios,
Não há encontros, nem poesias, nem música.
Nem Legião, nem Capital...
Há um fusca no meio da chuva,
Com o radinho ligado na FM,
Com o Paralamas funcionando.
E as pessoas...
As pessoas estão nas
Satélites
Algumas nas Asas.
Mas quando despencam, só resta a fuselagem.
Aeronave sem Piloto.
Sem Plano depois da queda.
Que os cintos sejam apertados.
É a partida do sonho com destino à ilusão.
Das luzes de Natal
À lama da Estrutural.
E esse avião é tão vasto
Quanto o meu coração.
É tão equidistante..
É oposto diametral entre os meus lábios
E os de Franciele.
Daniel de Castro

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