Ele poderia se matar, se
Enforcar com umas roupas,
Uma corda ou com o cabo da antena de tv.
Seria mais rápido do que a dor lenta
Que ele sente.
Poderia também dar um tiro na cabeça.
Seria muito mais eterno do que a falta
Que ela faz.
Poderia cortar os pulsos
Só para ver o sangue anêmico escorrendo pelo
Chão, e, no finalzinho, pingando.
Não se importava de morrer assim.
Já estava morto antes de nascer
E morre a cada instante
Por não tê-la mais.
A vida foi um fardo. Foi um cálice de líquido
Amargo do qual muitas vezes teve que tomar.
Era pura cicuta. Só vivia quando a beijava.
Ele poderia pular de um prédio bem alto.
E na hora em que estivesse sentindo o vento
Em seu corpo, ele lembraria do sorriso dela.
Passará um filme na cabeça dele.
Vai lembrar de como faziam amor e
Depois dormiam sono profundo.
E quando ele não sentir mais o vento
No rosto, lá estará, no asfalto,
Em sono profundo.
Daniel de Castro
2 de fev. de 2011
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