Um homem de óculos
Com lágrimas tão transparentes
Como sua lente.
De olhos negros, tão vermelhos
Que revelam a sua dor.
Um homem de expressão grave
E palavras cortantes.
De sombra mais viva do
Que seu próprio corpo.
Um homem de óculos que lê, relê
E lê mais uma vez uma carta.
Uma carta de amor.
Uma carta de amor.
Um homem que se embriaga
Em lembranças e dorme
Tão pesado sono porque
Não suporta tanta saudade.
Daniel de Castro
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