Vi uma foto empoeirada onde todos sorriam.
Onde todos eram jovens, amigos e tinham sonhos.
Uma foto guardada no fundo de uma caixa,
Dentro de uma gaveta.
Uma foto que registrou a ilusão e a constatação
Da efemeridade do tempo.
Cada um para o seu canto.
Todos se tornaram estranhos.
Alguns com suas famílias,
Outros com suas solidões.
Outros mais, boêmios e saudosistas.
Presos ao tempo inexistente e às reminiscências de outrora.
O tempo, que se tornou estático, foi um tempo enganador.
Os sorrisos não acontecem mais de forma tão natural e vívida.
Nada mais tão brilhante quanto àqueles olhos.
Tudo ficou antigo com algumas mortes e muitas rugas.
Tudo ficou amarelado, até o sorriso.
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